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Percepção da Eternidade

Percepção da Eternidade

Eternidade é presença no ato. Não é algo simples, também, mas através de um exercício de autoconsciência continuo podemos desenvolver a capacidade de perceber nossa partícula eterna na realidade.

Por este motivo, o ato humano é nobre. Se não considerarmos a importância de agir com consciência estaremos fadados dentro de uma realidade completamente instável e impermanente.

Certamente todo o problema da existência humana se dá por desconhecermos nossa natureza eterna. Disto surge todo o conflito de nossa existência dimensão de tempo finito. O nosso drama é justamente o de sermos individualidades espirituais eternas confinados a uma condição existencial efêmera.

No entanto, quando passamos a agir conscientemente, nossos atos se tornam o poder de nossa presença. 

Poder aqui no sentido de presença espiritual, ou seja, estar presente na ação mais do que no momento.

Isto é ser plenamente presente. Presente com consciência e ato. Pense nisso e coloque em prática este exercício de percepção.

Aproveite e ouça o episódio deste artigo em nosso Yoga Casting ou pelo Spotfy, Deezer ou pelo Google Podcast.

Compreensão da Individualidade

Compreensão da Individualidade

Equanimidade é a grande conquista que um praticante de yoga deve almejar. É a partir da equanimidade que se adquire todas as demais habilidades e competências através do yoga, pois nisto reside a aceitação de derrota ou vitória sem se afetar.

Caso se altere emocionante frente às situações passageiras da vida, mesmo que tais situações sejam meras impressões sensoriais ou perceptivas, não haverá estabilidade e como consequência – por mais habilidoso que alguém possa ser – ao perder sua estabilidade ou equanimidade, tudo se dará por errado. 

Por isto, a equanimidade é o principal pilar de sustentação do desenvolvimento da consciência individual. 

Quando estamos identificados com a realidade que é percebida pelos sentidos, confundimos o real com a ideia que temos sobre a realidade. Nunca que a realidade vista é a realidade mesma em si. Muito do que acreditamos é apenas uma impressão que temos sobre algo ou alguém. O mesmo ocorre com nossos pensamentos. Quantos deles constatamos no que vivemos? Nisto reside um sério problema, pois se acredita demasiadamente nos pensamentos mais que na realidade sensível do mundo. Disto resulta todos os condicionamentos mais comuns da sociedade moderna: o isolamento, o individualismo, o solipsismo. Condicionados, preferimos o mundo como imaginamos em vez de como ele é. Grande parte dos transtornos vividos tem sua origem nestes labirintos lógicos.

E esta confusão que fazemos sobre a realidade apenas dificulta ainda mais o nosso processo de desenvolvimento da identidade individual. É comum modelarmos nosso perfil de personalidade na imagem que extraímos de pessoas que admiramos, sem considerar que conhecemos sobre ela apenas uma superfície rasa que fomenta ainda mais a impressão perceptiva que possamos ter. Jamais adentraremos o mundo do outro, nem mesmo de um objeto ou ideia. Ainda assim, boa parcela do mundo ronda por vias de uma realidade ideal, programando felicidade ou paz como produto de impressões perceptivas.

É somente na individualidade do nosso ser que se torna possível a experiência com o real. Pois é a partir desta experiência com o real que passamos a entender o que é o eu, o que é a matéria e qual é a causa e finalidade da vida.

Sem adentrar o mais silencioso estado de individualidade que nos habita, não teremos verdadeira experiência com a realidade. É nela que veremos nossas fraquezas, forças, virtudes e soberba que sufocam docemente nossas expectativas. 

A individualidade é um fenômeno pela qual a alma passa, um estágio de autoconsciência necessário para que possamos medir nossos passar na direção desejada. É na individualidade que se cruzam os eixos de ser e estar. É na individualidade do ser onde compreendemos que antes mesmo de pensarmos, nós somos. Na prática meditativa do yoga, este é o canal pelo qual devemos iniciar o processo.

Então, como podemos praticar e conquistar a equanimidade e compreender nossa individualidade?

Não há fórmulas secreta nem mágicas elaboradas. Simplesmente sente-se, silencie o barulho mental e foque em sua respiração – siga o que foi descrito no artigo anterior e apenas observe sua individualidade, procurando não se identificar com as dualidades que invadem sua mente e seu campo de percepção, sabendo distinguir o vir e ir delas, as dosagens de bom e mau, de prazer e insatisfação que povoam a percepção… apenas esteja no ato de se observar sem se identificar.

Deste exercício disciplinar diário, em poucos dias terá a percepção clara da realidade sem impressões sobre sua individualidade.

Seja, e então, pense nisso.

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Conquista da Mente

Instruções do Yoga

Após termos exercitado a respiração consciente, concentrado o foco no movimento respiratório no momento presente e assumido sua presença plena diante do corpo, dos pensamentos e da respiração autoconsciente, chega o momento de conquistar a mente.

Não é fácil o processo até aqui. Porém, é um processo e isto significa que uma fração conquistada em um dia, se somará a outra fração no dia seguinte. Vamos em frente desta forma: cinco, dez ou quinze minutos diários e chegaremos lá. Confie.

Embora seja difícil conquistar a mente, a dificuldade é simples: ela nos obedecerá ou nós a obedecermos.

Imagine um cavalo sem rédeas… isto é a mente que nos comanda; obedecemos a um cavalo sem rédeas. E podemos prever os risco disto. Mas, não queremos. Então, o que fazer?

Conquistar a mente é dar a ela uma ocupação que seja satisfatória e benéfica. Sim, ocupar. A mente desocupada é oficina de imaginação para comandar a consciência – nos comandar. Quanto damos uma ocupação válida à mente, ela passa a nos obedecer. Isto é simples. Este é o processo que resulta da meditação. 

No entanto, estamos falando de algo mais prático e imediato nestes Sete dias. Logo, devemos focar no processo de conquistar a mente de forma pragmática e racionalmente. Como? Através da respiração – simples.

Do mesmo modo que você chegou neste quanto dia das Instruções do Yoga, continuará. Não há mudanças. A continuidade e a repetição de um processo nos leva à maestria. Então, queremos a maestria da conquista da mente. Para isto, vamos seguir o mesmo processo: 

– respiração consciente por 1, 5, 10 ou 15 minutos (amplie à medida que você perceber que pode ir um pouco mais além em sua capacidade de se concentrar);

– foco no instante da respiração (não deixe a mente se desviar do momento que você respira);

– assuma a presença (não deixe nenhuma sensação, pensamento ou emoção passar sem ser observada pela consciência);

E incluir neste processo uma meditação direcionada. Você focará sua consciência (após ter se tornado natural para você estar consciente da respiração, do momento presente e de sua presença no momento da respiração) numa imagem que lhe traga uma forte emoção de amor, felicidade ou satisfação espiritual interior. Pode ser um lugar, uma pessoa, Deus ou um sentimento. O que lhe faz sentir plenamente você.

Isto ocorrerá gradualmente à medida que você se liberar dos condicionamentos presos ao corpo, às percepções sensoriais, aos pensamentos e às emoções. Quanto mais se identificar com o que você realmente é (uma centelha espiritual eterna), mais perderá a identificação com o que é ilusório e te faz sofrer, entristecer ou adoecer.

Continue firme na prática; e mesmo que você ainda não tenha superado a instrução do primeiro dias, não tem problema. Vá com calma e no seu rítmo, pois ele é seu e você deve seguir este seu ritmo com determinação, entusiasmo e paciência.

Vamos à nova etapa.

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Assuma a Presença

Instruções do Yoga

Cada instante da vida existe para que possamos fazer o verdadeiro sentido de estarmos aqui.

 

A ideia relativista do tempo só é possível por que o tempo não possui o valor em si mesmo; o valor depende de como utilizamos o tempo, do que fazemos com o tempo e do direcionamento que damos ao tempo – a partir das ações.

Tanto o desdobramento do tempo quanto a presença no tempo apenas constatam que, o fato de estarmos vivos e conscientes, tem a finalidade de agirmos coerentemente.

É a ação ou o ato consciente que nos permite assumirmos a presença. Isso significa: ser plenamente a cada instante o que somos eternamente. 

Assumir a presença é mais do que estar presente: é estar consciente de tudo o que compõe nossa presença como os sons, os aromas, as formas, os pensamentos, as emoções e toda a vitalidade que nos torna quem somos. Tudo isto compõe partes de nosso ser.

Assumir a presença é o ato mais simples que nasce da consciência que se desprende dos condicionamentos corpóreos temporais. É dos primeiros indícios da mudança de padrões da consciência promovida pelo yoga. Então, busque por esta autonomia e assuma sua presença, pois somente você, em sua mais íntima individualidade é que poderá realizar este ato – mais ninguém.

Seja forte e esteja presente.

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Tomada de Consciência

Instruções do Yoga

Depois de tratarmos sobre o início da jornada, aqui trataremos brevemente sobre a tomada de consciência necessária para que o progresso em yoga possa ocorrer efetivamente. Estamos freqüentemente conscientes, mas não conscientes de tal postura, isto é, autoconsciente. Este é um passo decisivo para que a mudança que aspiramos no yoga.

Quando assumimos o compromisso de focar a atenção no fluxo respiratório, abre-se um novo campo de percepção para a consciência.

Nossa consciência está entorpecida por impressões e sensações que pouco tem de relação com a realidade. O fato de exercitar a atenção respiratória por alguns minutos durante o dia, abrirá um novo espaço de percepção para a consciência.

Esta percepção será nitidamente entendida na distinção entre passado e futuro, ou seja uma visão mais clara do tempo.

Se continuarmos o processo de atenção respiratória por mais dias notaremos que o único fator temporal que permanece atrelado a realidade é o momento presente.

Devido a esta condição imposta pela realidade temporal podemos conciliar a atenção respiratória e o foco no instante em que se realiza a própria respiração consciente para uma nova tomada de consciência.

Temos assim as duas bases para uma transformação de consciência: A consciência respiratória e o foco da atenção no momento presente. Usar a respiração como instrumento para a tomada de consciência é um fator essencial no processo e, ao mesmo tempo simples.

E este será o nosso segundo exercício com base nas instruções do yoga.

Aproveite e ouça nosso o episódio deste artigo em nosso novo Podcast. Se preferir, pode nos acompanhar pelo Spotfy ou pelo Google Podcast.

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Jornada de Mudanças

Instruções do Yoga

A série de sete textos que teremos a seguir aborda o conteúdo que oferecemos ao nosso grupo fechado de membros. Este conteúdo foi trabalhado para auxiliar no conhecimento filosófico e prático do yoga. O intuito foi de possibilitar a prática do autoconhecimento.

A metodologia que ofereço aqui é muito simples e segue num passo-a-passo para que você possa praticar e alcançar objetivos reais em curto prazo.

O primeiro passo geralmente é o mais difícil de ser dado. Mas, será o que te fará ir adiante, acredite, pois você verá que é possível. 

Esta primeira instrução do yoga diz respeito à respiração e será a base para os próximos passos. Quanto mais conseguir exercitar sua respiração lenta, longa e profunda, mais intenso e rápido será seu resultado e isto te levará adiante.

A respiração é o instrumento mais natural de nosso corpo, mas damos pouca atenção a ela. No entanto, se passar a partir de hoje a observar e procurar ampliar os movimentos de inalação e exalação, notará mudanças fisiológicas, endócrinas e mesmo psicológicas (emocionais) em pouco tempo.

Precisamos dar a atenção necessária ao que é mais simples na vida, e a respiração é algo muito simples, mas que pode suprir muito do que precisamos diante das exigências que nos atropelam e tiram nossa energia e fôlego no dia-a-dia: a ansiedade é uma delas.

Então, simplesmente sente-se e passe a observar atentamente seu padrão respiratório. Sem segredos e sem mistérios. Apenas tome consciência e foque sua atenção em como fui sua respiração. Dê este tempo para você. Simples e direto.

A seguir, ouça nosso Podcast deste artigo com uma breve condução para seu apaziguamento via respiração. Técnica simples e prática. Vamos a ela.

Podcast SPOTFY 

A verdade do milagre da manhã

Cinco mitos que podem atrapalhar a sua manhã

Você acreditaria se eu lhe dissesse que acordando e fazendo certas atividades pela manhã tudo poderia mudar em sua vida? Que se seguisse algumas disciplinas diárias poderiam tornar realidade o que você quer da noite para o dia?

Sim isso é possível, mas não com todo o estrelismo que atualmente difundido por falsos gurus.

Muito do que se diz a respeito do milagre da manhã por pessoas incautas tem transformado até mais estressante do que antes destes a vida de pessoas com novos hábitos de rotinas matutinas.

Gurus e experts – que nem mesmo aplicam as regras em suas vidas – tem dito a você certas coisas para que conquiste sucesso em sua vida?

Na verdade, muito do que se diz a respeito destas rotinas matutinos são apenas entretenimento e engano. Apenas uma resposta interessante para pessoas que tiveram suas vidas sempre conduzidos pelo desregramento e falta de disciplina.

Se este não é o seu caso, nenhuma falta fará seguir estas regras milagrosas da manhã.

Você pode assistir o vídeo sobre este artigo.

O que há de verdade por trás disto tudo que se diz

Dediquei mais de 10 anos de minha vida à disciplinas milenares para práticas espirituais. Estas são praticadas por antigas civilizações e linhagens de yoga desde tempos imemoriais. 

Alguns dos elementos presentes nestas antigas práticas preservadas por algumas tradições ainda vigentes podem ser encontradas em algumas das modas cultivadas por novos empreendedores e agentes corporativos. Mas, nem tudo é mostrado como deveria ser, pois tanto os princípios quanto a finalidade destas novas regras nada tem em comum com os pilares destas disciplinas antigas.

Tudo que vivemos hoje em literaturas populares, best-sellers e rotinas dos homens de negócios não passam de terminologias de auto-ajuda. E entenda: não confie em produtos de auto-ajuda se você quer verdadeiro autodesenvolvimento, pois depende unicamente de você e não do outro. 

Saia da armadilha

Dentre os mitos mais relevantes vou listar apenas 5 que você deve tirá-los de suas práticas matutinas pois eles em nada te ajudarão efetivamente.

1 – Junte-se ao clube das 5 horas da manhã

Sim você pode se levantar às cinco, quatro ou três da manhã, mas pouco influenciará nos resultados que você espera em suas atividades profissionais ao longo do dia. Antes disso, é necessário que você tenha uma mente estratégica e de planejamento para utilizar estes primeiros horários do seu dia de forma benéfica para sua saúde mental, física e produtiva.

O mais importante é você conseguir dormir cedo – e isto é relativo: você deve analisar seu horário de sono e respeita-lo. Tenha pelo menos 6 horas de sono, pois se dormir menos do que o seu corpo e seu cérebro precisam, certamente sua produtividade será baixa, seu estresse será alto e em nada resultará em termos de satisfação.

Isto também dependerá muito do seu biotipo. Mais importante do que acordar muito cedo é o que fazer com os primeiros horários da manhã. Medite, estude, concentre-se.

Se você pode resolver tudo que você precisa em uma hora, então você pode acordar 5 horas da manhã e não 3 ou 4.

Banhar-se, meditar e estudar são essenciais otimizar sua amanhã. Não são exercícios físicos ou atividades no computador que farão de suas primeiras horas o melhor do seu dia – pelo contrário. 

Mas as atividades voltadas ao autoconhecimento, aprimoramento pessoal e espiritual trarão novas perspectivas em seu dia. E note: isto não toma mais do que 15 a 45 minutos de sua manhã. Desse modo, você pode muito bem se levantar entre 5 e 5:30 da manhã.

2 – Os resultados das 14 diferentes atividades antes do café da manhã 

Meditação, afirmação, yoga, visualização, leitura e diário… tudo isto é muito importante, mas só serão relevantes se neste seu hábito de autoconhecimento puder agregar realmente a importância que estas práticas terão em seu trabalho e em suas atividades.

Estas práticas não serão necessárias se forem apenas um momento de relaxamento para o seu dia, mas se forem sim para o seu aprimoramento de consciência, para a tomada de ação no seu dia

Yoga e meditação não podem se tornar distração ou entretenimento matutino. Muitas inutilidades se fala a respeito de yoga e meditação.

De certo modo, se você tem um grande problema no seu dia é melhor encará-lo logo pela manhã, após a sua prática de yoga ou meditação e não deixá-lo para ser resolvido no final do dia. Será o mesmo problema, porém, sua mente e sua capacidade de gerir uma solução será custosa. Tenha uma estratégia.

Por outro lado, alguns críticos dizem que você pode acordar 5 ou 10 horas da manhã e que nada alterará a realidade de seu dia desde que a única questão seja de usar as 3 primeiras horas deste início do seu dia para as coisas mais importantes e produtivas que devam ser feitas. 

É verdade, num sentido. No entanto, nesta visão há um grande erro: desconsidera-se a estrutura de tempo que cada dia possui. Você iniciar as atividades importantes logo às 5 horas da manhã terá uma dimensão de tempo diário muito maior e que exigirá muito menos esforço do que se iniciar as mesmas atividades a partir das 10 horas da manhã.

Agora, cada indivíduo tem uma dinâmica própria e que deve ser respeitada. Alguns sentem mais facilidade em dormir na madrugada e acordar depois de 10 horas, sem qualquer perda de produtividade.

O ponto importante é que as primeiras horas do seu dia devem se manter sob o seu controle. Para que isto ocorra você deve se levantar antes do sol nascer, pois é um momento do dia em que as atividades ainda estão em baixa vibração e frequência sem influência da instabilidade psicológica causada pela ansiedade do dia, quando a maior massa de pessoas já estão se dirigindo para as atividades, locomoção para o trabalho, horário escolar.

Entre 5 e 6 horas da manhã você tem uma atmosfera muito mais propícia para a concentração elaboração e desenvolvimento de uma consciência autocontrolada. Isto na ciência do yoga é conhecido como modo qualitativo da natureza material (guna) e este horário propício da manhã é definido como quadrante de equilíbrio, serenidade e bondade.

No entanto, tudo deve ser adaptado à sua realidade de consciência e a sua modalidade mental, pois para algumas pessoas é muito mais satisfatório a realização das atividades mais importantes daquele dia logo pela manhã e em nada atrapalhará sua vida se ele tiver a flexibilidade para sua prática meditativa ou leitura em outro momento, após ter realizado as coisas que considera mais importantes de sua agenda.

Considero aqui a importância do autoconhecimento, pois este será o fator mais notório para se estabelecer quais são os parâmetros mais adequados para sua própria individualidade. Chega a ser cômico ver pessoas valorizarem sua liberdade e independência enquanto se prendem a modelos estabelecidos por tendências e modismos.

Cada ser é único – então, encontre o seu ritmo e dinâmica para viver sua verdadeira vida e não se espelhe na vida de outros – principalmente na vida de ‘influencers‘, gurus midiáticos e mestres de seguidores batutas.

A questão é ter capacidade de planejamento do seu dia, condições de organizar o que são prioridades do dia e o que são prioridades para os dias. Isto é, as práticas que fundamentam a sua capacidade de consciência individual. 

Estas práticas de rotina devem ser complementares aquelas práticas que são executadas a cada dia de acordo com as condições e necessidades que se apresentam. De nada valerá ter uma rotina contínua e diária se o resultado de suas atividades não estiverem suprindo as suas próprias expectativas.

O que você faz todo dia deve estar alinhado com o seu propósito de vida e nutrir sua capacidade de gerir as adversidades diárias. Estas serão substanciais para sua verdadeira disciplina diária sem mito e de forma prática.

Por outro lado, se houver apenas dedicação às questões materiais de manutenção – sem suprimento de uma interioridade – a insatisfação reinará e tudo irá por água abaixo em muito pouco tempo.

3 – O café da manhã é a mais importante refeição do dia

O café da manhã é apenas mais uma refeição do seu dia. O ponto importante que levantamos aqui é justamente o valor que você deposita em cada momento de seu dia e de sua vida e não o condicionamento que se cria acerca dos modelos que são mantidos durante um período. Quando são quebrados, quebra-se a rotina e toda a capacidade de organização do dia que a pessoa tem. Isto significa que muito do que se segue são crenças e não ciência.

O mais importante é ter flexibilidade em vez de rigidez frente às condições e necessidades urgentes que surgem. Ainda assim, não se pode manter uma flexibilidade sem que se tenha disciplina capaz de se adequar às condições. Este é o ponto chave. Isto significa que tais rotinas não podem ser apenas muleta psicológica senão que modelo de dinâmica prática colocadas no nosso dia-a-dia.

O café da manhã não deve ser a primeira atividade nas primeiras horas em que você se levanta, a menos que você acorde e se levante já em cima do horário de saída para o seu trabalho.

Por isso, a importância de acordar pelo menos duas horas antes de iniciar sua atividade profissional. Você terá oportunidade de nutrir sua mente, sua consciência e seu corpo com energia e vitalidade pela meditação e conhecimento antes de ingerir alimentos ou se voltar às atividades profissionais.

4 – As primeiras horas da manhã são melhores para exercícios físicos

Pela manhã seu corpo não está preparado, sua química física não está ativa, seu sistema nervoso ainda não está apropriadamente pronto e seus músculos estão inativos. Embora este seja o momento que empreendedores e executivos tem para praticar tais atividades, este período da manhã não é o melhor para a prática de atividades físicas. Ponto.

O ideal seria praticar atividades físicas depois de 2 horas após ter despertado e já ter realizado suas atividades voltadas ao seu legado pessoal e autodesenvolvimento interior. Somente aí teria sim bons resultados a partir de suas atividades físicas para que se possa manter o corpo saudável e ativo.

De nada valerá ter um corpo extremamente preparado se você não tiver internamente pronto para o seu trabalho e legado.

5 – A manhã deve ser uma grande manhã

Este pensamento gera grande ansiedade e expectativa. Projetamos algo que está plenamente sujeita às condições da vida e sua dinâmica intrínseca que muitas vezes pode contrariar nossas projeções. Então, deixe de lado esta crença.

Você até pode conseguir conduzir por alguns dias esta mesma mentalidade de que o dia será maravilhoso e grandioso pelo fato de você ter realizado um pequeno gesto como se fosse um hábito grandioso, mas em algum momento surgirá um dia que se destoará dos anteriores e isso te frustrará enormemente.

Um dia nunca será igual ao outro. Para aliviar essa diferença, use apenas 15 minutos para fazer algo que possa ser repetido diariamente sem que haja necessidade de semelhança de resultados. Você fará com que estes 15 minutos sejam realmente mágicos.

Para isso, a melhor solução será definir algo que seja significativo para o seu dia e que possa ser replicado todos os dias, como por exemplo tirar os primeiros 15 minutos para meditação ou para escrever.

Independente de qual será o resultado da experiência que você terá naquele dia, com a sua prática meditativa de 15 minutos você terá feito desses 15 minutos o que será solidamente feito nos próximos dias e o que foi feito nos dias anteriores. 

Guarde apenas esta ideia para praticar no seu dia-a-dia

Como isto, você verá que existe uma dinâmica inalterada que paira sob a realidade sensorial que percebemos nas coisas, fenômenos e situações passageiras da vida. Este é o essencial de tudo o que fazemos. Não é o que fazemos, mas como fazemos. É o que fazemos sobre a visão que temos daquilo que não depende de nós, que está ali, mas que se revela como grandioso pelo simples fato de nos colocarmos de forma correta, natural e simples diante da vida. Sem complicações e crenças ilusórias que apenas desviam nosso foco, fazendo com que deixemos de ser plenamente o que somos para nos diluirmos no grande holograma homogêneo da aparente felicidade proposta por modismos tendenciosos.

Apenas:

  1. Banhe-se
  2. Medite
  3. Leia e estude

Isto não criará expectativas e, ao mesmo tempo, contribuirá para a construção saudável do dia.

Sua perspectiva da realidade

Suas percepções podem te ajudar na jornada

A realidade em que vivemos depende da perspectiva que cultivamos sobre ela. Esta perspectiva provem da percepção que temos daquilo que percebemos da realidade. No entanto, a percepção é um instrumento capaz de falhar enormemente.

Não confie em sua percepção, mas aprimore sua capacidade de observar as condições favoráveis em sua vida.

Quando você começa a lançar uma perspectiva positiva diante das adversidades que surgem na vida, verá que todas as dualidades são meramente uma condição proposta por sua mente. Logo, há a possibilidade de se trabalhar esta atividade mental a seu favor.

Quando foi que você falhou em algo pela última vez?

Quer tenha sido um minuto atrás ou uma década atrás, isso não importa. Quem vai dizer que você falhou ou errou em algo? A verdade é que o erro ou acerto é definido pela sua perspectiva. Cabe a você decidir se seu erro será o fim de um empreendimento, de uma nova guinada ou o começo de uma nova etapa que pode se iniciar agora – isto é o que entendemos por Mastermind.

Todos nós temos contratempos. Agora, você simplesmente não pode tolerar ficar em meio aos contínuos contratempos e instabilidade por mais tempo do que lhe servir como aprendizado.

Como um músculo só se desenvolve depois de forte estresse e treino, e assim como os ossos que se quebram e depois se recuperam mais forte do que eram antes, você também vai crescer através das adversidades.

Lembre-se disso: o impacto duradouro nasce do fracasso. Mas, não será pelo impacto do fracasso que haverá sucesso; é por causa da reação tomada como resposta ao próprio fracasso. Como respondemos às adversidades? Então, veja que os contratempos são um presente, uma dádiva.

Embora possam parecer difíceis, eles são o que nos moldam para o crescimento e amadurecimento. Eles podem ser nosso catalisador para a mudança que desejamos ver em nós mesmos. Use seus contratempos para transformar suas falhas em um catalisador de mudança e no começo de um novo capítulo em sua vida. Como eu já disse, não se curve.

Não importa quem você foi ontem ou mesmo momentos atrás, se você fizer a escolha de transformar suas falhas em triunfos, você estará no seu caminho e verá que cada momento é de aprendizado, seja em situações de acertos ou de falhas.

Agora, pare e reflita por alguns minutos sobre qual foi o seu maior acerto e sua maior falha, e como eles se fazem presentes em sua vida hoje. Qual dos dois tem maior predominância no que você é hoje? Reflita sobre isto e veja se seu objetivo dos 45 dias se esbarra ou se alavanca a partir destas duas setas: acerto e falha.

E por que não aprimorar este processo em sua vida?

Exercício:

Se ficou claro qual foi seu maior acerto até hoje, então procure replicar (o que este acerto significa para você) em uma situação do seu dia, por exemplo, se seu maior acerto foi ter feito a escolha por mudança em sua carreira profissional alguns anos atrás, procure repetir este acerto em pequenas coisas, atividades ou gestos no seu dia, nas coisas mais simples – tente ver por um olhar que traga esta mudança em detalhes sutis ou mesmo triviais. Mas, exercite com afinco e verá mudanças ocorrem.

Mudança e Preservação

O que muda na vida de um instrutor de yoga?

Ê comum encontrarmos pessoas que aspiram mudanças em suas vidas. Basicamente, mudança é o movimento que nos leva a um deslocamento ou transição de um estado a outro, de um modo para outro e isto requer alteração de alguns fatores ou elementos. O oposto de mudança é conservação ou preservação. Pode nos parecer pouco interessante fazermos qualquer reflexão linguística sobre este conceito, mas num segundo momento veremos a importância que há no sentido real da mudança que estamos a buscar.

É fácil notar que às vezes o simples motivo de iniciarmos uma breve jornada no yoga nos sentimos exaltados, superiores ou privilegiados. No entanto, esta impressão não passa de um aspecto sutil de nossa própria ilusão. Costumo apresentar em minhas palestras e aulas magnas da formação de instrutores que o fato de estarmos na prática de yoga ou de iniciarmos um curso de formação para nos tornarmos instrutores de yoga ainda não nos capacita nem nos qualifica como instrutores ou praticantes avançados no yoga. Pelo contrário, o simples fato de deixarmos transparecer qualquer resquício de estarmos num estágio mais elevado que os demais, apenas por estarmos numa formação ou por termos um pouco mais de experiência nesta área não nos fará sermos realmente alguém mais interessante ou avançado.

Este tipo de mudança que se caracteriza por uma perspectiva externa é radicalmente nociva, raramente considerada e comumente vista em grande número de pessoas. Temos encontrado relatos e evidências públicas de personalidades que perdem o bom senso e caem em escândalos entre seus seguidores. Isto tem sido comum, mas não deveria ser entendido como algo comum, pois num processo genuíno de desenvolvimento como proposto pelo yoga, toda mudança deve ocorrer internamente na consciência do praticante e não em suas vestimentas, nomes, títulos ou status de admiração. Isto nos indica que todo o trabalho de tais pessoas não ultrapassaram as barreiras do próprio ego.

Então, é possível dizer que há alguma mudança neste sentido? Por mais avançado que eu possa parecer, se não realizei a mudança central em minha consciência, conseguirei fingir e sustentar toda mudança física ou visual que me representa e sob a qual me escondo? Não é necessário ser avançado em yoga para predizer que não.

O caminho para a mudança real

Isto ocorre pelo fato de que houve apenas um ponto de partida sem compreender a substância que deve haver no ponto de chegada; quer dizer, não é apenas a mudança que devemos ter em mente, mas também e principalmente a preservação de alguns elementos que servirão de substância ao longo do processo de desenvolvimento, sem o qual, não haverá nada mais além que uma quimera.

Por exemplo, se imaginarmos um perito nadador que entra ao mar e inicia suas braçadas mas sem um ponto de referência para onde chegar; fisicamente ele mudou de lugar, de espaço, mudou sua constituição fisiológica, sua condição psicológica e tudo mais, porém, pode ter se perdido e posto sua vida em risco. Do mesmo modo, se acatamos somente a ideia de usarmos o yoga para uma mudança externa, podemos nos perder em meio à imaginação – o que geralmente acarreta sobremaneira o ego. Obviamente o ego não é o problema final, mas as consequências que ele trará por se encontrar no centro do processo. Ou seja, arrogância, soberba e egoísmo traçarão o caminho deste suposto yogi.

Logo, se faz importante entender que para que haja verdadeira mudança é necessário haver seu antônimo, isto é, a conservação de algo que não deverá passar por mudanças. Por exemplo, todos nós passamos por mudanças naturais ao longo da vida e deixamos de ser crianças para nos tornarmos adultos; no entanto, preservamos o mesmo nome, a mesma característica genética e muitos traços que nos distingue dos demais e, o principal fator: o princípio da consciência.

A consciência estável

A consciência muda ao longo da vida. Isto caracteriza nossa verdadeira mudança e evolução. Porém, o princípio desta consciência permanece inalterado. Este princípio é o que define nossa individualidade como ser espiritual único. Quer dizer, o eu permanece o mesmo (e deve ser preservado como o mesmo), mas o comportamento, as operações mentais e cognitivas devem passar por uma constante evolução. É nisto que reside o grande mistério do conhecimento proposto pelo yoga, pois esta evolução real da consciência ocorre na mesma proporção com que se compreende que o eu (o princípio de consciência) não muda. É como se depois de muitas tentativas e erros tomássemos consciência de que é preciso mudança na forma de atuar, pois se entende que a mudança da consciência depende de um princípio que não se altera.

Agora, o fato de haver um elemento da consciência que não muda significa que a verdadeira mudança proposta pelo yoga envolve o autodesenvolvimento, isto é, todos os fatores que impedem de nos tornarmos melhores são alterados por fatores qualitativos que nos favorecerão nesta mudança. Assim, a mudança deve ter início no núcleo de nossa consciência, onde somente nós mesmos podemos e devemos entrar para realizamos os ajustes e mudanças necessárias para que seja alcançado o objetivo em nossas vidas. Muitas vezes, esta mudança ocorre gradualmente sem que se perceba de forma impactante àqueles que estão ao nosso redor, pois não serão elementos ou fatores externos que anunciarão esta mudança senão que nossa própria atitude equânime e serena que denunciará a qualidade de nossa consciência, e das mudanças reais conquistadas.

Uma mudança possível

É possível realizarmos verdadeiras mudanças em nossas vidas sem que percamos os alicerces que sustentam nosso ser, nossas qualidades e princípios. A mudança sintetiza a eliminação do que já não faz mais sentido ou ordem em nossa consciência e, ao mesmo tempo, o refinamento e aperfeiçoamento de qualidades intrínsecas à consciência. Basicamente podemos definir o propósito, a organização e a disciplina como os elementos essenciais que trarão a mudança necessária.

Sobre isto, trataremos no próximo artigo.

Tornar-se Instrutor de Yoga

Como um Curso de Formação capacita Instrutores?

Estruturado sobre estes cânones do Yoga nos Vedas, a Formação VVY traz ao modo de vida contemporâneo a prática do autoconhecimento através de um novo paradigma de consciência evolutiva – pela compreensão do propósito da vida humana posto em prática de forma simples no estilo de viver, de atuar e realizar-se, valendo-se dos princípios do Yoga.

Nosso objetivo é formar instrutores de yoga com base em valores éticos espirituais capazes de transformar e re-significar o contexto moderno de vida. Tal mudança visa uma nova consciência de atuação e interação com a realidade em que se vive, valorizando e revelando os aspectos transcendentais da vida prática em todos os campos de atividades.

Mais do que uma capacitação profissional, visamos auxiliar na formação e resgate do caráter humano, validado por suas qualidades intrínsecas: eternidade, plena consciência e bem-aventurança . Consideramos este fator como base do trabalho de desenvolvimento humano, da conquista de autonomias e consciência terapêutica possibilitada pelo Yoga. Para isto, seguimos uma metodologia transdisciplinar que inclui, dentre outras, filosofia, psicologia, história, antropologia e linguística.

Ao integrar diferentes visões sobre uma mesma ciência autenticamos um processo original de desenvolvimento qualitativo da consciência individual. Naturalmente, com domínio técnico e didático, o processo de desenvolvimento qualitativo da consciência promove pessoas qualificadas para atuar como instrutores de yoga. Neste desenvolvimento qualitativo está nosso maior foco. Ele é que forma os melhores Instrutores de Yoga.

Nada se resume às teorias, nem tudo pode se condicionar às meras técnicas – é necessário fundir a teoria e prática, pois este é o elemento central da filosofia do yoga.


Mas você pode simplificar este processo com a Formação VVY. Ou mergulhar em seus estudos na Escola de Yogis.