Blog - Página 2 de 4 - VVY School

A história do yoga narrada como fantasia

Veracidade no Conhecimento 

Sabe-se da atração que impera na mente humana por questões misteriosas e até sombrias. Sabe-se também da intenção manipuladora presente na ação de pessoas de má índole. O que geralmente não se sabe (ou esconde-se) é da presença destas forças na disseminação e implantação da filosofia do yoga ao redor do mundo.

Parte 2 – Constate, antes de depositar sua fé

É um fato que a crise espiritual torna possível a implantação de crendices e idolatria de elementos díspares daqueles que, originalmente, conduzem a alma humana à sua realização espiritual. Em tratados literários como Bhagavad-gita e Yoga-sutra, vemos claramente o objetivo do processo de yoga: liberação dos condicionamentos gerados pela identificação ilusória da realidade sensorial e perceptível. De modo simples, a filosofia do yoga visa promover a liberdade da alma (kaivalya).

No entanto, quando vivemos em um mundo interconectado, repleto de promessas e distrações, torna-se fácil oferecer atrativos efêmeros. Se, paralelo a isto estabelece-se um sistema de orientação, educação e conhecimento engenhosamente moldado para fins que não cumpram com o verdadeiro sentido do que se considera conhecimento, as pessoas destituídas de premissas e parâmetros de avaliação aceitam a ignorância como conhecimento absoluto.

Lapidando o significado

É importante entender o significado de certos termos como conhecimento e absoluto. Ambas são palavras deterioradas historicamente pelo uso e aplicação semântica na sociedade ao longo dos séculos. Por exemplo, quem define o conceito de conhecimento é algum órgão de poder. Este mesmo órgão de poder define padrões relativos que destroem a noção de absoluto ou, quando possível definem absoluto o seu próprio poder. Isto é muito comum nos sistemas de poder político – aliás, é sua maior força.

Mas, voltamos aos conceitos. Conhecimento deriva da palavra sânscrita vidya. Esta mesma raiz dará o conceito de Veda, ou base do conhecimento sobre tudo que esteja no campo físico e no campo metafísico. Assim, conhecimento verdadeiro não é parcial. O conceito original de conhecimento está diretamente atrelado à ideia de absoluto, pois o conhecendo provém de uma fonte absoluta. A ideia de um iluminismo proveniente da razão humana que nega um antecedente original ou transcendente é uma grande falácia para encobrir sua alegoria oposta: a escuridão.

Escuridão é sinômino de ignorância. Na mesma língua sânscrita, ignorância significa avidya, ou seja, a ausência de conhecimento. Sem conhecimento, tudo é relativo e impossível de se compreender um princípio absoluto na realidade. O que vemos aqui é uma dualidade. Conhecimento x ignorância. Relativo x absoluto. Do relativo só podemos extrair ignorância, ou conhecimento parcial, condicionante. O conhecimento provém do absoluto e, por isto, o conhecimento tem como finalidade dar luz sobre o Absoluto à consciência humana.

Em outras palavras, o conhecimento é o que nos conduz ao objeto do conhecimento, ao conhecível. Isto é, o Absoluto.  

A fé no relativismo

Quando se elimina as vias do conhecimento real da filosofia do yoga, e se delimita interpretações escusas, lança-se bases para experiências moldadas num relativismo estéril e árido à consciência. Desse modo, constrói-se uma nova religiosidade espiritualista relativista onde não haverá predominância de valores, mas a degradação dos mesmos.

Esta construção torna-se possível devido ao direcionamento dado às doutrinas do yoga como novas alternativas à crise espiritual. Assim se pauta as teorias da Nova Era. O problema básico nisto é sua completa ausência do conhecimento absoluto e sua tentativa de definir a crise espiritual como uma crise religiosa, o que torna fácil e simples implantar o yoga como uma fé que substituirá a religião, sanando a crise espiritual.

O fato é que já sabemos dos prejuízos trazidos pelo uso da religião como instrumentos políticos ou ideológicos. Logo, sabemos que a implantação deste método na cultura do yoga foi o responsável por destruir ou encobrir o verdadeiro objetivo do yoga: liberar o ser humano de todo condicionamento ilusório. 

A questão é: a arma implantada ao longo da história foi fantasiar e iludir o ser humano. Vale lembrar que, no Bhagavad-gita (4.42) Krishna instrui Arjuna armar-se com o conhecimento do yoga e lutar.

A verdadeira luta

Parece contraditório pensamos em paz, equilíbrio e igualdade atrelado a uma luta através do yoga. Mas, assim como negar a existência de princípios absolutos, negar ao yoga a atuação em luta, faz parte da mesma narrativa fantasiosa contada ao ser humano em sua ignorante escravidão.

Quando pensamos que o inimigo não existe, ele já está dentro de nós. É dentro de nossa mente que se efetua a grande batalha no momento atual. Esta é uma característica da atual Era de Kali, a era das desavenças e hipocrisia. A luta é contra a ignorância e a arma é o conhecimento absoluto. Esta é a síntese do Bhagavad-gita: lute contra a forte identificação na ilusão de Maya.

Dualidade na unicidade

Certamente, a maior ruptura filosófica na tradição do yoga foi a interpretação do absoluto na visão de Sankaracarya (700 d.C). Sua concepção monista da realidade negou por completo a individualidade da alma e estabeleceu sua unidade com o Ser Absoluto. Entretanto, esta é uma compreensão parcial do todo, uma visão relativista do Absoluto, pois nos tratados dos Vedas evidencia-se que a compreensão de unidade (onipresença) é parcial e incompleta, se não acrescidos outros dois aspectos do Absoluto (onisciência e onipotência). Mesmo assim, ela foi absorvida e usada como principal instrumento de divulgação doutrinária do yoga pelo mundo, desde então.

Mas, que relação teria esta doutrina com as questões da fé? Todas, pois embasa a noção equivocada de relativização do Ser Absoluto e do próprio ser humano, quando na verdade, a alma é eternamente um princípio uno (individual e imutável) em relacionamento com Deus; daí tem-se a noção correta de dualidade: o ser e Deus são distintos em proporções de personalidades e unos em qualidades constituintes.

Este é o pilar erigido sob o pseudo conhecimento do yoga, um conhecimento parcial. Porém, suas consequências foram drásticas e permitiram a conversão de uma filosofia em uma falsa religiosidade espiritualista universal. Basta ponderar sobre o irônico “dia internacional do yoga”, proposto pela O.N.U.

Existem resquícios deste mesmo modelo de pensamento doutrinal em praticamente todas as antigas civilizações (egípcia, mesopotâmica, persa) expulsas do continente de Bharata Varsa. Isto, historicamente antes mesmo do nascimento de Sankaracarya. Quer dizer, todas as deturpações, doutrinamento e ilusão imposta à humanidade repousa na compressão parcial da verdade presente no conhecimento absoluto.

Trataremos mais sobre este assunto no próximo texto.

Conhecimento Védico do Yoga

Arqueologia do Yoga e o contraste do conhecimento Védico

Tenho dezenas de textos escritos em artigos e material didático dos cursos oferecidos em mais de 20 anos. Sempre trouxe um olhar crítico sobre a deturpação dos princípios e fundamentos essenciais do conhecimento védico no yoga. Hoje, isto se mostra urgente.

Por este motivo, elaborei uma série de artigos curtos, porém diretos no ponto central desta questão. Até quando você irá aceitar as mentiras mal contadas sobre yoga, meditação e conhecimento védico?

Neste primeiro texto, quero que você perceba o quanto de manipulação foi criado sobre este tema. O que chega até nossa tela após uma pesquisa rápida? o que ouvimos de pretensos mestres do yoga? o que devotamos às religiões da Nova Era com base no yoga? 

Chegou a hora de desmascaramos toda mentira chamada yoga. Chegou o momento de você resgatar sua autenticidade, integridade e identidade. Somente a veracidade está aliada nisto.

Parte 1 / Não confie, verifique

Quanto mais evoluímos em termos tecnológicos, mais distante ficamos dos referentes filosóficos essenciais da vida. Mesmo em aspectos práticos, a vida moderna se fez complexa ainda que exaltada com ares de simplicidade, leveza e praticidade. Vide a idolatria por “gênios” tecnológicos e suas indispensáveis invenções para a sociedade atual.

Seria seguro confiarmos tanto nesta tecnocracia? Ao menos, verifique a autenticidade desta suposta divindade.

Apenas para traçarmos um parâmetro básico, suponhamos que alguém vá até o google para pesquisar sobre o termo yoga. Encontrará milhares de sites, blogs, matérias em texto, video, imagens. Suponhamos que, com alguma habilidade consiga filtrar informações de sites feios, mal formatados, layout ultrapassado, pouco amigáveis. E pronto, já teria uma lista ainda infindável de sites bonitos, com estética funcional, otimizada por buscadores, rastreadores, campanhas de tráfego e forte marketing digital para vendas e cadastro de clientes esfomeados por “conhecimento”. Numa avaliação crítica, agora ele aplicaria sua capacidade de validar o conteúdo. Certamente, por ter pouca familiaridade com os termos, elencará alguns links para compartilhar com um amigo que saiba avaliar qual o melhor conteúdo para aquisição de conhecimento. Dado aceno verídico por uma autoridade que diga ‘este é muito bom!’, nosso personagem acessará finalmente o conhecimento que tanto buscava. Porém, outras e outras camadas ainda se sobrepõe, se enviesam, se ‘textualizam’. Isto, quase que infindavelmente.

Veja, podemos destacar aqui algumas camadas bem superficiais:

  • Instrumento de busca
  • Termo de busca
  • Conteúdo da busca
  • Aparência do conteúdo da busca
  • Elemento aparente do conteúdo da busca
  • Ferramenta de venda do conteúdo da busca
  • Aderência ao produto do conteúdo da busca
  • Seleção do conteúdo da busca
  • Validação do conteúdo da busca
  • Desativação crítica e absorção do conteúdo da busca

Parece simples, mas são camadas que se articulam na mente até que acessemos a informação, não o conhecimento.

Diríamos que este é o primeiro nível destas camadas. Uma primeira dimensão entre o sujeito buscador e o objeto da busca: o conhecimento. A questão mais importante será: quem desenhou, construiu e disponibilizou (ou transmitiu) este objeto da busca, ou conhecimento?

A grande isca

Em meio ao desencanto para o qual a humanidade rumou ao longo de mais de cinco mil anos, é natural que surjam anseios profundos da alma. No entanto, estes anseios somente podem ser sanados com conhecimento válido e não com informações desconectas.

O acúmulo de informações, livros, mestres e seitas que vieram em socorro aos anseios mais profundos dos seres humanos nos últimos dois mil anos, supera em muito a capacidade de preservar a clareza discriminativa daquele que busca por solucionar os mesmos anseios. Ou seja, o ser humano cai vítima daquilo que supunha o salvar.

Com a tecnologia e o arauto da tecnocracia, o homem delega a qualquer outra entidade o seu socorro, seja político, ideológico, fé inoperante ou cientificismo. Infelizmente, o mesmo processo ocorre no yoga. Quando se pensa ter alcançado uma fonte original, saiba que ela já passou por inúmeras camadas de modificação semântica, desde base linguistica durante o processo de tradução até alterações filosóficas relevantes. Tudo para desviar o ser humano do verdadeiro acesso ao conhecimento. O que se consome do yoga desde a idade média é meramente uma vertigem, uma miragem que se retroalimenta da inocência e ignorância do homem em crise.

Mas, qual é esta crise?

A verdadeira e única crise que realmente assola a alma humana é a crise espiritual. É uma crise que acompanha o homem desde sempre… será? Não, é uma crise criada. Desde que passamos a acreditar nas mentiras sobre a desconexão de nossa alma com a alma suprema. Porém, esta mentira não foi estabelecida nos últimos séculos, mas há mais de cinco mil anos.

O surgimento de civilizações legou também a ruptura do homem com o conhecimento original. O soterramento cognitivo, o afogamento em crenças infundadas e o entorpecimento mágico de culturas obscuras ampliou ainda mais os sinais da crise espiritual humana.

Uma arqueologia proibida

Primeiro de tudo: descarte as teorias evolucionistas. Descarte as verdades acadêmicas de história humana e sua previsível origem egípcia. Descarte a mentira de alguns milhões de anos. Passe a ver a história humana num raio de 2 bilhões de anos. Loucura? Não, comprovações científicas de objetos encontrados revelaram, com técnicas de Carbono 14, o que anunciara os Vedas.

Neste lastro de tempo é que se encontram as bases do yoga védico. Onde não haviam vestígios do desligamento da alma humana com a alma suprema. Ou seja, não havia crise espiritual.

Pode-se até argumentar que seriam condições primitivas as que rondavam a consciência desta humanidade pré-histórica. Mas, as terminologias pré e histórica foram dadas por homens da posteridade. Tais termos não denotam apenas a ignorância em relação ao objeto de estudo, senão que revela também a intensão maléfica de encobrir uma verdade.

O que historicamente se conhece como Iluminismo é na verdade um direcionamento da atenção sobre o que era tematicamente conveniente ao poder. Isto é, iluminar ou lançar o foco de luz e atenção para onde a humanidade deve ser dirigida e assim, controlada. Tal apogeu deste pensamento será revelado durante a colonização britânica e a Companhia das Índias. Entretanto, colonizações e exploração do conhecimento védico ocorre desde o fortalecimento do império Persa, em territórios que hoje geograficamente temos o continente da Índia.

Portanto, quando alguém busca o termo yoga no google, desconsidera todas as ilimitadas camadas de interferência existente entre ele e o objeto do conhecimento buscado. Então, te pergunto: qual o nível de mentira você consome como yoga?

Por Jayadvaita Das

_

Se você quer bases teóricas e científicas para o conteúdo deste texto, sugiro:

Para ter o conteúdo exclusivo dos estudos de análise crítica e histórica do Yoga, participe da Comunidade Cultura do Yoga.

A dimensão energética do Yoga

 

A teoria dos Chakras sempre atraí a atenção do público por suas características místicas e por seu apelo levemente misterioso. Desde a antiguidade, os Chakras despertam a o interesse da humanidade e impulsionou a saga de alquimistas, de místicos judeus, de sacerdotes egípcios e de hatha-yogis. Agora, qual é a verdade por trás dos Chakras?

Devido à inocência geral que há em relação a este tema, muitos pretensos mestres exploram falsas crenças ou manipulam o comportamento de seus seguidores. No entanto, predomina uma consistente ciência da Anatomia Sutil do corpo. É nela que encontramos tanto a estrutura energética do corpo fisico como também outras camadas definidas pelo que é conhecido como Koshas, ou camadas de consciência que envolvem ser (self). Além desta, os nadis (canais de energia sutil) e os prana-vayus,

Em outras palavras, a teoria dos Chakras é repleta de simbologia que envolve dimensões psicológicas e funcionais nos diversos sistemas fisiológicos do corpo. Entender esta estrutura sutil é uma chave para adentrar outros níveis da prática de yoga e explorar aplicações terapêuticas fundamentadas.

Neste vídeo, trazemos uma breve descrição sobre a anatomia sutil dos sistemas energéticos do corpo humano na visão do Yoga.

Os chakras não se limitam aos floreios e ufanismos místicos de mestres mau intencionados ou de especuladores teosóficos. Apesar de estar fundamentada como ciência védica em escrituras como Svetasvatara Upanishad e Katha Upanishad, este conhecimento vai de encontro ao religioso cientificismo que impera a razão contemporânea.

Portanto, considere este vídeo como um ponto introdutório para uma nova compreensão sobre o tema dos chakras.

Até breve.

Sensualidade Vendida no Yoga

 

Quando se perde a sensatez

Para grande parte da indústria do Yoga moderno, a sensualidade é um apelativo que gera bons retornos financeiros. 

Tal apelação se fundamenta na exploração visual do corpo exposto às posturas mais excêntricas que, na prática, afastam uma expressiva parcela do púbico. Quando pensamos no propósito do Yoga e no poder beneficente que ele traz aos praticantes, vemos que há algo de errado na propaganda pasteurizada do Yoga.

A sensualidade sempre esteve presente no Yoga. O que ocorreu nas últimas décadas foi apenas resultado da explosão midiática proporcionada pelos meios de comunicação, pela internet e redes sociais. O marketing apelativo usou do corpo para atrair a atenção do público mais inocente; e a isca mais poderosa deste instrumento foi a sensualidade. Algo simples, à primeira vista. E para não parecermos puritanos da tradição védica, quero ressaltar o conceito de sensualidade de uma forma mais profunda, ou seja, como ela é compreendida e se faz presente nos fundamentos da filosofia e, principalmente, na psicologia do Yoga.

A raíz da sensualidade

Há uma marca característica da sensualidade latina, mas a expressão latina neste contexto se referirá à língua latina e a etimologia da palavra sensualidade.

A palavra se origina de sensualitas e significa capacidade para a sensação e percepção através dos órgãos dos sentidos. Em outras palavras, sensualidade é a capacidade que a alma tem para atuar no mundo físico material. Imagine que você se encontra com fome e passa em frente a um bom restaurante. De imediato você se atrairá pelo olfato que lhe indicará que ali será possível saciar sua fome. 

De outro modo, imagine que você assiste a um filme e se comove com determinadas cenas captadas por seus sentidos visuais e auditivos, que ativam seu campo de memória e te desperta para determinadas emoções. No entanto, é apenas um filme, uma ficção que conseguiu através da comunicação entre os objetos sensoriais presentes na tela e seus sentidos de percepção. Não seria errado pensarmos que ocorreu nestes dois exemplos um fenômeno ativo da sensualidade.

Desse modo, podemos entender que sensualidade não se resume à sexualidade nem ao apelo sensual exaltado pelo marketing da indústria do Yoga. Portanto, o problema está no molde dado pelas mídias e no consumo por este tipo de superficialidade conceitual.

Antes de pensarmos numa solução, vamos analisar este mesmo conceito nos fundamentos da psicologia do Yoga.

Sensualitas coniunctio

Tanto na terminologia do latim como do sânscrito encontraremos o fenômeno da interação da alma espiritual com os elementos do mundo físico. Esta conexão sensorial se dá no campo de atuação do indivíduo. Este campo é a realidade sensorial onde se estabelece toda relação sensória entre o observador ativo e os objetos sensoriais. Enquanto observador, este não deveria se valer da superficialidade de sua existência e se tornar um objeto sensorial para outrem.

Isto quer dizer que quando expomos nossa presença sensorial à exploração de outro observador, estamos nos submetendo à dispersão de nossa própria energia que se externa como produto que ativará a imaginação do outro observador. Tal ato não é antinatural, mas restrito ao processo de cativar, atrair ou seduzir, que é comum desde nossos mais remotos ancestrais.

Quando estamos verdadeiramente integrados no processo de Yoga, entendemos que a conexão sensorial tem como finalidade intensificar os meios de aproximação interior com o Supremo, seja através dos sentidos, seja através da consciência. Qualquer outro tipo de conexão externa deverá ter unicamente a nobre finalidade instrutiva.

Psicologia do Yoga

A interação estabelecida entre o eu individual e o mundo físico pode criar condicionamentos, caso não estejamos conscientes dos elementos presentes nesta interação. Por exemplo, se não sabemos qual a finalidade das ações que executamos, certamente daremos a cada ação um valor exagerado com a expectativa de resultados furtivos que delas virão, ou seja, agimos sempre em busca de algum tipo de satisfação.

A mentalidade do Yogi tem como característica extrair satisfação na entrega de cada ação, durante o processo da ação, e jamais nos frutos da ação. Isto se dá por estar o Yogi em conexão interior com o Supremo, entendendo que é dEle que provém todas as habilidades e causas motivadoras das ações, logo, ele agirá para o prazer e satisfação do Supremo. Agir nesta consciência promove satisfação na alma do Yogi – e este é seu maior benefício.

Isto significa que há no Yoga uma definição clara de que sensualidade é a capacidade da alma atravessar a matéria e alcançar o sentido real, o espírito ou a energia que há em tudo o que está manifesto no mundo físico como objetos, pessoas, seres e fenômenos. Portanto, a ideia equivocada de abolir a sensualidade do Yoga não resolverá o verdadeiro problema do Yoga moderno, pois este problema deriva da má compreensão do que são os sentidos de percepção, do que é o mundo físico, do que é a ação e qual a finalidade de tudo isto que existe.

Sem termos uma definida educação com base no Yoga, continuaremos a ser modelados pelas tendências (muitas vezes animalescas) criadas pela mídia da indústria do Yoga. Esta educação não somente traz clareza à consciência como também alinha o propósito da vida humana aos valores mais elevados da convivência numa ideal sociedade que aspiramos construir para um futuro mais saudável e equilibrado.

Como sugestão de proposta que oferecemos a estas questões apresentadas neste breve artigo, temos a Escola de Yogis, onde você pode aprender o que é relevante dentro de um aprendizado para a vida real.

Conheça a Escola de Yogis

Clique na imagem abaixo

A maestria humana mais elevada

Masterizar é mais que formar ou transformar

Estou há mais de 15 anos junto de pessoas, mas com objetivos bem claros na relação que estabeleço com as pessoas. Somos muito parecidos em vários aspectos. Bem diferentes em outros. Mas, existem coisas em comum. 

Devemos considerar os aspectos em comum bem como os que nos diferencia das demais pessoas. A questão é: você sabe como fazer isto? Sem cair em frustrações, rancor, dúvidas e insatisfação frente ao comportamento e expectativas alheias? 

É fácil formar pessoas. Difícil é saber para quê. Agora se você sabe a finalidade de formar, você a transformará. Este é o ponto! Não adianta formar, tem que transformar. E este não é um tema motivacional. É um tema ATIVAcional! Ativar o potencial que há no outro. Isto transforma e reforma a mentalidade, a vida e as perspectivas daqueles com quem nos relacionamos (seja como amigo, companheiro, colaborador,  professor…).

Formar é estabelecer algo novo. Transformar é mudar o que não faz mais sentido. O mundo está assim… Como você vê isso?

Eu vejo mais que urgente a masterização humana. O que é isso? É ensinar a maestria de formar e transformar positivamente todos as áreas da vida de outras pessoas. Tornar-se mestre de sua própria mente, de sua vontade e de sua vida.

Um pensador disse na década de setenta que no futuro o analfabeto não seria aquela pessoa que não sabe ler ou. escrever; mas, aquela que não souber aprender, desaprender e reaprender. Isso é masterização.

Então, estamos chegando no momento de iniciarmos a Masterização Profissional em Yoga. Você vai ficar de fora? Clique no link e saiba mais. Assista o vídeo e conheça a nova alfabetização para o século 21.

Mais 12 meses?

A procrastinação é um veneno que muitas pessoas bebem diariamente e empurram para frente o que é urgente e essencial de ser feito agora. Muitas pessoas deixaram passar a oportunidade de obterem uma formação profissional em yoga e hoje buscam por uma profissionalização amadora como instrutor de yoga. Não deixe esta falha moldar sua vida também.

O que impacta sua vida

Você pode impactar sua vida

A Meditação Mindfulness promove impacto espiritual em sua consciência

 

Muitas experiências marcam a vida. Algumas com mais ênfase em aspectos positivos da memória. Outras, podem deixar registros dolorosos e trazer consequências ao longo da vida. Os resultados sempre estão pairando por campos bem conhecidos por todos nós: ansiedade, preocupações, estresse, fobias, angústia.

Tal condição não é produto da contemporaneidade. Ela vem desde a história mais remota da humanidade, quando o homem ainda lutava com feras selvagens e concorrentes brutais na conquista por uma grota, caverna ou troncos de árvores. A evolução humana dependeu de certo impulso por sobrevivência, isto é, de mecanismos da ansiedade.

Inúmeros compostos químicos orgânicos do organismo humano tem suas funções vitais, até o ponto que não afete ou alterne a dinâmica natural da vida emocional e da mente.

As emoções são intensamente impactadas pelas impressões e registros que chegam até a consciência individual. Como consequência, a pessoa terá dificuldades de se concentrar e se focar no que realmente importa na vida. As preocupações ganham importância vital na sobrevivência hoje em dia, mais que no passado rupestre. Preocupações como mensagens, postagens, interações virtuais, enxurrada de informações e tempestades de distrações  tornaram a vida humana um fenômeno estranho. 

 

Existe algo que possa impactar positivamente?

A resposta é sim. Um impacto reverso. Um impacto que faça o ser humano retornar ou voltar sua atenção ao que realmente importa na vida. A meditação Mindfulness impacta positivamente a consciência espiritual.

Antigos sábios, yogis e mestres iluminados compreenderam estes fenômenos e trataram de forma muito prática. Se a mente tem sua característica instável e agitada podemos coloca-la em contato com um estado que balanceie a agitação. Este estado é alcançado pela meditação. Especificamente pela prática de Mindfulness.

Buda trouxe em seus ensinamentos o método simples de focar a atenção no fluxo respiratório para encontrar um estado de mente plena. Isto significa estar inteiramente presente no que estamos vivenciando a cada momento. Se você observar os inúmeros pensamentos, sensações e emoções que estão se passando com você neste exato momento em que lê este texto, verá que isto é um fato. Pare por um instante e observe isto em você…

Mas você estava apenas lendo o texto. Certo? Então de onde vem todos este fluxo? 

Poderíamos escrever um longo livro para explicar isto. Vamos focar no que é importante. Você está lendo o que estou descrevendo, apenas isto. Tudo mais são impressões registradas em sua mente. À medida que lê estes conteúdos mentais falam com você. Algo pode ter relação com o que você lê e traz à memória, sugere um desejo ou te leva para outra reflexão. Mas, o ponto principal é onde você está realmente? Não está nos pensamentos, não está nos sentimentos, não está nas emoções. Podemos até afirmar que todos eles estão em você. E você está onde?

Este é o ponto de partida. Te trazer para o momento presente, o momento em que seu corpo se faz presente num espaço físico, num determinado espaço de tempo. Porém note: o espaço e não o tempo é o que deve predominar neste momento. Isto te trará para o presente. E isto gera enorme impacto em sua autoconsciência e consequentemente em sua consciência espiritual. 

Esta é basicamente a trilha da meditação mindful. O seu trajeto será através da atenção focada na respiração. Descarte qualquer mito de esvaziar a mente ou de parar seus pensamentos. Apenas foque sua atenção na respiração.

A prática meditativa visa fomentar um estado de abertura para experimentar as emoções de forma completa. Este estado possibilitar entrar em contato com o exato momento presente, o momento da experiência. O acumulo de experiências trarão o praticante para um campo onde passará a ter maior domínio sobre seus impulsos e emoções. Gradualmente conquistará uma remodelagem comportamental.

No passado estas práticas se limitavam aos yogis fixos em autodisciplina. Hoje, podemos alcançar determinados estados de consciência que estão disponíveis ao homem comum. O único fator que dificulta sua conquista é fator sabotagem: não praticar mesmo que por alguns minutos diariamente.

Originalmente o termo mindfulness (derivação do inglês) significa mente plena. Sua definição é uma aproximação do termo sati original do Pali. Sati significa um estado mental intencionalmente particular e individual que mescla atenção focada no momento presente, consciência desperta e enraizamento, identidade ou memória de si mesmo.

No próximo artigo vamos tratar do impacto desta mudança de postura ativa da consciência, de um estado de fazer para um estado de ser. Se você quer fazer parte de nossa prática de Mindfulness, inscreva-se para receber as informações dos próximos grupos de Prática Meditativa em seu email. Se preferir, você pode ingressar na Escola de Yogis para praticar aulas guiadas online.

Aquisição de Humildade

A vida tem momentos altos e momentos baixos, dependendo de onde observamos.

 

Entender que todas as situações e experiências que passamos na vida são para nosso próprio desenvolvimento é um passo significativo na jornada pessoal pelo yoga. Naturalmente esta capacidade de extrair aprendizado nas experiências da vida não significa conformismo, ou aceitação superficial das condições. Este é o processo pelo qual aprimoramos a essência do saber amar. Por sua vez, desenvolver o amor genuíno depende diretamente da conquista de humildade. A humildade é a chave para o amor e o caminho para a devoção ao Supremo.

A maneira como vivemos está diretamente ligada aos pilares que sustentam nossos valores e propósitos na vida. Se ignoramos o real que nos constitui como seres individuais espirituais, muito provavelmente seremos fisgados pela identificação estabelecida com os objetos fenomenais da percepção ou observação.

Isto significa que, devido à ignorância, confundimos a realidade do que percebemos com o real fator que nos faz perceber algo. Em outras palavras, há uma completa distinção entre o observador e o objeto da observação.

É muito comum ouvirmos ou lermos sobre a máxima realização como sendo o observador se tornar aquilo eu ele observa – o que é uma grande falácia. Por outro lado, toda e qualquer observação estabelece um fenômeno de identificação onde pode se estabelece um subjetivismo egóico e, consequente apego versus aversão. Disto, se desdobrarão todas as formas de sofrimento ao sujeito identificado com a ilusão de seu campo fenomenal.

O meio para se sair desta condição ilusória será pelo conhecimento que eliminará a falsa identificação através do discernimento. Discernir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, entre a ação e inação. No Yoga-sutra (2.21) está descrito que a finalidade da realidade fenomenal percebida existe unicamente para o aprimoramento espiritual do ser. Do mesmo modo, na Bhagavad-gita (10.8) se descreve que toda a criação emana do Ser Supremo e que sábios, dotados do conhecimento transcendental, se dedicam à interação recíproca com o Supremo, através da própria realidade manifesta – tanto a nível material quanto espiritual.

Isto significa que o yogi deve ocupar todas as condições que se apresentam à sua consciência como instrumentos de seu aprimoramento.

Ora, dissemos acima que há uma distinção entre este conceito e o conformismo. Naturalmente, o modo de agir de forma a não nos condicionarmos pela identificação e nem nos afligirmos pela soberba, por não aceitamos determinadas condições da vida, será através do desenvolvimento da humildade.

Na Bhagavad-gita (13.8) temos que a humildade é um dos principais elementos que compõem o conhecimento transcendental, ou seja, acessar o conhecimento requer humildade e exercer este conhecimento também exigirá humidade. Como consequência se desenvolverá uma forte capacidade de se manter humilde frente a todas as dificuldades, insultos ou humilhação. Logo, humildade é a arte que se distingue do conformismo, da revolta ou do ressentimento.

Por este motivo, podemos considerar a humildade como instrumento chave no processo de Yoga.

A Liberdade do Desapego

Muito nos aflige o sofrimento advindo dos apegos que estabelecemos nas experiências da vida. No entanto, é importante a compreensão entre desapego superficial e não-identificação real. 

A diferença reside em termos consciência das condições transitórias que envolvem qualquer tipo de experiência. Logo, o objetivo presente na mentalidade do Yogi é recobrar sua consciência discriminatória do real, frente ao irreal. O real é permanente e eterno. O irreal é transitório e passageiro. 

O método que podemos usar para transpor a identificação (apego) com o irreal é direcionarmos a consciência (buddhi) ao eterno. Isto pode ser realizado através da meditação, onde deixamos o temporário passar pelos sentidos, percepções, emoções e pensamentos. 

Enquanto a consciência apenas observa esta transição, o ser observador foca sua inteligência no que não transita, isto é, no que é permanente dentro de si. A grande crise humana moderna deriva desta identificação ilusória com o transitório, e dai advém todo apego e consequente sofrimento. 

Por isto, conhecimento é o remédio para aniquilar toda ignorância, da qual frutifica o apego. Ouça o novo episódio do nosso podcast sobre este tema: https://www.vvyschool.com/servicos/podcasts/ 

O caminho do Everest no Yoga

A imensa procura pelo yoga tem crescido alucinadamente nas últimas décadas. Podemos olhar por um prisma positivo, pois despertou a atenção da ciência, da medicina e de pessoas séria, mas também de oportunistas.

Apesar de inúmeras conquistas somadas ao pensamento Ocidental, muito de sua cultura foi deturpada pela mentalidade imediatista do materialismo. Por isto, em meio aos percalços, devemos ter cautela no tipo de yoga que acessamos.

Desde o final do século dezenove tivemos a invasão do que se convencionou por neo-hinduísmo. O que aparentemente não teria qualquer resquício doutrinário veio a comprovar que, por trás do aparato de gurus, mestres de seitas e filosofias, havia um forte apelo religioso.

O objetivo era simples: transposição cultural da mentalidade Ocidental. Uma indianização com valores aparentemente bons, pacíficos e elevados. No entanto, com um discurso popularizado pelo “gandhismo”,  havia a desestabilização espiritual do homem.

Em vez de um conhecimento que somasse à evolução prática dos princípios espirituais e humanos, constatamos a derrocada de valores e propósitos da tradição frente à sociedade moderna. Com um lema muito simples e aprazível: gratidão e paz.

Sempre desconfie do que não lhe sugere confiança

Evite absorver qualquer elemento que sugira uma mudança de vida oposta a que você atualmente vive. Desacate processos de transformação que farão (pelo poder da propaganda) você se tornar uma pessoa melhor. Fuja de fórmulas prontas. Ninguém é igual em circunstâncias fundamentais. Jamais bajule mestres de turbante que tenham nascido em solo tupiniquim.

Pode parecer arrogante expor estas palavras, mas é urgente a necessidade de alerta, pois em meio aos desavisados haverão charlatões promovendo ilusórias façanhas sobrenaturais sob o rótulo de Yoga.

Tendemos a buscar o mais difícil e estimar pelo mais complexo, pois acreditamos que isto nos levará para mais perto dos objetivos profundos que acalentam a alma.

É comum vermos que uma viajem à Índia mudará a consciência dos peregrinos neófitos. Porém, é importante ressaltarmos que a grande conquista do Yoga não é no topo de um ideal externo, mas no pico mais alto de nossa própria superação interior. É ali que está nosso Everest.

Como um espelho que se quebra 

Presenciei pessoas que retornaram da Índia no primeiro vôo após desembarcar na Terra do Conhecimento, simplesmente por acreditar que a jornada se faria numa ideal paisagem ornamentada como um sonho cinematográfico. Grande ilusão. Da mesma forma, vejo pessoas que entram no Yoga com o fugaz desejo de recompensa. Talvez por sua adaptação ou suposta conversão a um ‘novo’ modo de pensar. Quando na verdade o yoga propõe uma melhor forma de olhar o modo como pensamos, e não nos fazer negar o que pensamos.

Em nossos cursos de Yoga, num primeiro momento, é notável a frustração de alunos ao entenderem que não se tornarão pessoas exclusivas, especiais e únicas. O acesso ao Yoga não torna ninguém um Yogi como toque mágico. Porém, pelo fato de terem iniciado estudos e práticas mais bem embasadas do Yoga, compreendem que não são melhores do que outras pessoas, seja por se tornarem veganos ou abdicarem de suas tradições de berço.

Depois da frustração de entenderem que um curso de Yoga não os tornará yogis auto-realizados, surge o conforto de entenderem que yoga não é uma crença positivista hindu. Mas, uma ciência do conhecimento, sem as superficiais definições dadas com base no duelo ocidental versus oriental.

O ser humano é muito mais do que nomenclaturas e estereótipos. Quando eliminamos estes, muito provável que despertemos para o real e verdadeiro Everest interior. Para que, rumo a ele, gradualmente passemos a trilhar a única e irrevogável jornada que habita a interna dimensão de nossa existência.

Portanto, não se aferre ao trajeto, às turbulências e desafios que terás pelo caminho. Foque sua consciência no ápice da jornada, no cume do Everest que está em sua consciência. E saiba que para chegar lá, terás que deixar muitas coberturas daquilo que fizeram você crer sobre você, sobre o mundo e também sobre o Yoga.

Se entendeu a mensagem, seja bem vindo à Comunidade Cultura do Yoga e sigamos a jornada.

O clássico na cultura do Yoga

Dentro de um contexto normal, a cultura é estabelecida por princípios definidos em obras clássicas da humanidade.

A definição de clássico se refere a elementos que são únicos e significantes para todo e qualquer Homem, dentro de qualquer contexto ou período histórico.

Uma obra ou tratado clássico, seja de filosofia teórica ou de ficção narrativa, se constituirá como clássico em sua capacidade de expressar elementos universais e atemporais à humanidade.

Serão estes elementos universais que darão base para uma verdadeira Cultura. 
Infelizmente, na cultura atual não existem mais referenciais ditos clássicos.

O mesmo ocorre no universo pasteurizado do yoga.

Na modernidade, o que se veiculou como cultura do yoga deriva de revistas elitizadas, de charlatões com suas metodologias ilusionistas banhadas a fetiches de misticismo barato e exotísmo étnico.

Para a verdadeira cultura do yoga é necessário buscar as bases no conhecimento clássico do yoga.

Obras como Bhagavad-gita, Bhagavat Purana, Vedanta,-sutra e Yoga-sutra podem ser entendidas como os pilares clássicos do yoga. Além disso também devemos nos pautar em obras clássicas do ocidente, seja em tratados filosóficos ou em narrativas e poesia clássica.

O mundo não é uma polaridade imaginaria. A irônica imagem do post não tem nenhuma ligação criteriosa com a verdadeira cultura do yoga.

Daí que a cultura clássica do yoga não é uma suposição hipotética, mas uma discriminação racional e lógica.

Não cultue o yoga como um substituto à sua crise e descrença religiosa. Não é para isto que existe yoga. Conheça melhor esta ciência da cultura do yoga.