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A maestria humana mais elevada

Masterizar é mais que formar ou transformar

Estou há mais de 15 anos junto de pessoas, mas com objetivos bem claros na relação que estabeleço com as pessoas. Somos muito parecidos em vários aspectos. Bem diferentes em outros. Mas, existem coisas em comum. 

Devemos considerar os aspectos em comum bem como os que nos diferencia das demais pessoas. A questão é: você sabe como fazer isto? Sem cair em frustrações, rancor, dúvidas e insatisfação frente ao comportamento e expectativas alheias? 

É fácil formar pessoas. Difícil é saber para quê. Agora se você sabe a finalidade de formar, você a transformará. Este é o ponto! Não adianta formar, tem que transformar. E este não é um tema motivacional. É um tema ATIVAcional! Ativar o potencial que há no outro. Isto transforma e reforma a mentalidade, a vida e as perspectivas daqueles com quem nos relacionamos (seja como amigo, companheiro, colaborador,  professor…).

Formar é estabelecer algo novo. Transformar é mudar o que não faz mais sentido. O mundo está assim… Como você vê isso?

Eu vejo mais que urgente a masterização humana. O que é isso? É ensinar a maestria de formar e transformar positivamente todos as áreas da vida de outras pessoas. Tornar-se mestre de sua própria mente, de sua vontade e de sua vida.

Um pensador disse na década de setenta que no futuro o analfabeto não seria aquela pessoa que não sabe ler ou. escrever; mas, aquela que não souber aprender, desaprender e reaprender. Isso é masterização.

Então, estamos chegando no momento de iniciarmos a Masterização Profissional em Yoga. Você vai ficar de fora? Clique no link e saiba mais. Assista o vídeo e conheça a nova alfabetização para o século 21.

Mais 12 meses?

A procrastinação é um veneno que muitas pessoas bebem diariamente e empurram para frente o que é urgente e essencial de ser feito agora. Muitas pessoas deixaram passar a oportunidade de obterem uma formação profissional em yoga e hoje buscam por uma profissionalização amadora como instrutor de yoga. Não deixe esta falha moldar sua vida também.

O que impacta sua vida

Você pode impactar sua vida

A Meditação Mindfulness promove impacto espiritual em sua consciência

 

Muitas experiências marcam a vida. Algumas com mais ênfase em aspectos positivos da memória. Outras, podem deixar registros dolorosos e trazer consequências ao longo da vida. Os resultados sempre estão pairando por campos bem conhecidos por todos nós: ansiedade, preocupações, estresse, fobias, angústia.

Tal condição não é produto da contemporaneidade. Ela vem desde a história mais remota da humanidade, quando o homem ainda lutava com feras selvagens e concorrentes brutais na conquista por uma grota, caverna ou troncos de árvores. A evolução humana dependeu de certo impulso por sobrevivência, isto é, de mecanismos da ansiedade.

Inúmeros compostos químicos orgânicos do organismo humano tem suas funções vitais, até o ponto que não afete ou alterne a dinâmica natural da vida emocional e da mente.

As emoções são intensamente impactadas pelas impressões e registros que chegam até a consciência individual. Como consequência, a pessoa terá dificuldades de se concentrar e se focar no que realmente importa na vida. As preocupações ganham importância vital na sobrevivência hoje em dia, mais que no passado rupestre. Preocupações como mensagens, postagens, interações virtuais, enxurrada de informações e tempestades de distrações  tornaram a vida humana um fenômeno estranho. 

 

Existe algo que possa impactar positivamente?

A resposta é sim. Um impacto reverso. Um impacto que faça o ser humano retornar ou voltar sua atenção ao que realmente importa na vida. A meditação Mindfulness impacta positivamente a consciência espiritual.

Antigos sábios, yogis e mestres iluminados compreenderam estes fenômenos e trataram de forma muito prática. Se a mente tem sua característica instável e agitada podemos coloca-la em contato com um estado que balanceie a agitação. Este estado é alcançado pela meditação. Especificamente pela prática de Mindfulness.

Buda trouxe em seus ensinamentos o método simples de focar a atenção no fluxo respiratório para encontrar um estado de mente plena. Isto significa estar inteiramente presente no que estamos vivenciando a cada momento. Se você observar os inúmeros pensamentos, sensações e emoções que estão se passando com você neste exato momento em que lê este texto, verá que isto é um fato. Pare por um instante e observe isto em você…

Mas você estava apenas lendo o texto. Certo? Então de onde vem todos este fluxo? 

Poderíamos escrever um longo livro para explicar isto. Vamos focar no que é importante. Você está lendo o que estou descrevendo, apenas isto. Tudo mais são impressões registradas em sua mente. À medida que lê estes conteúdos mentais falam com você. Algo pode ter relação com o que você lê e traz à memória, sugere um desejo ou te leva para outra reflexão. Mas, o ponto principal é onde você está realmente? Não está nos pensamentos, não está nos sentimentos, não está nas emoções. Podemos até afirmar que todos eles estão em você. E você está onde?

Este é o ponto de partida. Te trazer para o momento presente, o momento em que seu corpo se faz presente num espaço físico, num determinado espaço de tempo. Porém note: o espaço e não o tempo é o que deve predominar neste momento. Isto te trará para o presente. E isto gera enorme impacto em sua autoconsciência e consequentemente em sua consciência espiritual. 

Esta é basicamente a trilha da meditação mindful. O seu trajeto será através da atenção focada na respiração. Descarte qualquer mito de esvaziar a mente ou de parar seus pensamentos. Apenas foque sua atenção na respiração.

A prática meditativa visa fomentar um estado de abertura para experimentar as emoções de forma completa. Este estado possibilitar entrar em contato com o exato momento presente, o momento da experiência. O acumulo de experiências trarão o praticante para um campo onde passará a ter maior domínio sobre seus impulsos e emoções. Gradualmente conquistará uma remodelagem comportamental.

No passado estas práticas se limitavam aos yogis fixos em autodisciplina. Hoje, podemos alcançar determinados estados de consciência que estão disponíveis ao homem comum. O único fator que dificulta sua conquista é fator sabotagem: não praticar mesmo que por alguns minutos diariamente.

Originalmente o termo mindfulness (derivação do inglês) significa mente plena. Sua definição é uma aproximação do termo sati original do Pali. Sati significa um estado mental intencionalmente particular e individual que mescla atenção focada no momento presente, consciência desperta e enraizamento, identidade ou memória de si mesmo.

No próximo artigo vamos tratar do impacto desta mudança de postura ativa da consciência, de um estado de fazer para um estado de ser. Se você quer fazer parte de nossa prática de Mindfulness, inscreva-se para receber as informações dos próximos grupos de Prática Meditativa em seu email. Se preferir, você pode ingressar na Escola de Yogis para praticar aulas guiadas online.

Aquisição de Humildade

A vida tem momentos altos e momentos baixos, dependendo de onde observamos.

 

Entender que todas as situações e experiências que passamos na vida são para nosso próprio desenvolvimento é um passo significativo na jornada pessoal pelo yoga. Naturalmente esta capacidade de extrair aprendizado nas experiências da vida não significa conformismo, ou aceitação superficial das condições. Este é o processo pelo qual aprimoramos a essência do saber amar. Por sua vez, desenvolver o amor genuíno depende diretamente da conquista de humildade. A humildade é a chave para o amor e o caminho para a devoção ao Supremo.

A maneira como vivemos está diretamente ligada aos pilares que sustentam nossos valores e propósitos na vida. Se ignoramos o real que nos constitui como seres individuais espirituais, muito provavelmente seremos fisgados pela identificação estabelecida com os objetos fenomenais da percepção ou observação.

Isto significa que, devido à ignorância, confundimos a realidade do que percebemos com o real fator que nos faz perceber algo. Em outras palavras, há uma completa distinção entre o observador e o objeto da observação.

É muito comum ouvirmos ou lermos sobre a máxima realização como sendo o observador se tornar aquilo eu ele observa – o que é uma grande falácia. Por outro lado, toda e qualquer observação estabelece um fenômeno de identificação onde pode se estabelece um subjetivismo egóico e, consequente apego versus aversão. Disto, se desdobrarão todas as formas de sofrimento ao sujeito identificado com a ilusão de seu campo fenomenal.

O meio para se sair desta condição ilusória será pelo conhecimento que eliminará a falsa identificação através do discernimento. Discernir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, entre a ação e inação. No Yoga-sutra (2.21) está descrito que a finalidade da realidade fenomenal percebida existe unicamente para o aprimoramento espiritual do ser. Do mesmo modo, na Bhagavad-gita (10.8) se descreve que toda a criação emana do Ser Supremo e que sábios, dotados do conhecimento transcendental, se dedicam à interação recíproca com o Supremo, através da própria realidade manifesta – tanto a nível material quanto espiritual.

Isto significa que o yogi deve ocupar todas as condições que se apresentam à sua consciência como instrumentos de seu aprimoramento.

Ora, dissemos acima que há uma distinção entre este conceito e o conformismo. Naturalmente, o modo de agir de forma a não nos condicionarmos pela identificação e nem nos afligirmos pela soberba, por não aceitamos determinadas condições da vida, será através do desenvolvimento da humildade.

Na Bhagavad-gita (13.8) temos que a humildade é um dos principais elementos que compõem o conhecimento transcendental, ou seja, acessar o conhecimento requer humildade e exercer este conhecimento também exigirá humidade. Como consequência se desenvolverá uma forte capacidade de se manter humilde frente a todas as dificuldades, insultos ou humilhação. Logo, humildade é a arte que se distingue do conformismo, da revolta ou do ressentimento.

Por este motivo, podemos considerar a humildade como instrumento chave no processo de Yoga.

A Liberdade do Desapego

Muito nos aflige o sofrimento advindo dos apegos que estabelecemos nas experiências da vida. No entanto, é importante a compreensão entre desapego superficial e não-identificação real. 

A diferença reside em termos consciência das condições transitórias que envolvem qualquer tipo de experiência. Logo, o objetivo presente na mentalidade do Yogi é recobrar sua consciência discriminatória do real, frente ao irreal. O real é permanente e eterno. O irreal é transitório e passageiro. 

O método que podemos usar para transpor a identificação (apego) com o irreal é direcionarmos a consciência (buddhi) ao eterno. Isto pode ser realizado através da meditação, onde deixamos o temporário passar pelos sentidos, percepções, emoções e pensamentos. 

Enquanto a consciência apenas observa esta transição, o ser observador foca sua inteligência no que não transita, isto é, no que é permanente dentro de si. A grande crise humana moderna deriva desta identificação ilusória com o transitório, e dai advém todo apego e consequente sofrimento. 

Por isto, conhecimento é o remédio para aniquilar toda ignorância, da qual frutifica o apego. Ouça o novo episódio do nosso podcast sobre este tema: https://www.vvyschool.com/servicos/podcasts/ 

O caminho do Everest no Yoga

A imensa procura pelo yoga tem crescido alucinadamente nas últimas décadas. Podemos olhar por um prisma positivo, pois despertou a atenção da ciência, da medicina e de pessoas séria, mas também de oportunistas.

Apesar de inúmeras conquistas somadas ao pensamento Ocidental, muito de sua cultura foi deturpada pela mentalidade imediatista do materialismo. Por isto, em meio aos percalços, devemos ter cautela no tipo de yoga que acessamos.

Desde o final do século dezenove tivemos a invasão do que se convencionou por neo-hinduísmo. O que aparentemente não teria qualquer resquício doutrinário veio a comprovar que, por trás do aparato de gurus, mestres de seitas e filosofias, havia um forte apelo religioso.

O objetivo era simples: transposição cultural da mentalidade Ocidental. Uma indianização com valores aparentemente bons, pacíficos e elevados. No entanto, com um discurso popularizado pelo “gandhismo”,  havia a desestabilização espiritual do homem.

Em vez de um conhecimento que somasse à evolução prática dos princípios espirituais e humanos, constatamos a derrocada de valores e propósitos da tradição frente à sociedade moderna. Com um lema muito simples e aprazível: gratidão e paz.

Sempre desconfie do que não lhe sugere confiança

Evite absorver qualquer elemento que sugira uma mudança de vida oposta a que você atualmente vive. Desacate processos de transformação que farão (pelo poder da propaganda) você se tornar uma pessoa melhor. Fuja de fórmulas prontas. Ninguém é igual em circunstâncias fundamentais. Jamais bajule mestres de turbante que tenham nascido em solo tupiniquim.

Pode parecer arrogante expor estas palavras, mas é urgente a necessidade de alerta, pois em meio aos desavisados haverão charlatões promovendo ilusórias façanhas sobrenaturais sob o rótulo de Yoga.

Tendemos a buscar o mais difícil e estimar pelo mais complexo, pois acreditamos que isto nos levará para mais perto dos objetivos profundos que acalentam a alma.

É comum vermos que uma viajem à Índia mudará a consciência dos peregrinos neófitos. Porém, é importante ressaltarmos que a grande conquista do Yoga não é no topo de um ideal externo, mas no pico mais alto de nossa própria superação interior. É ali que está nosso Everest.

Como um espelho que se quebra 

Presenciei pessoas que retornaram da Índia no primeiro vôo após desembarcar na Terra do Conhecimento, simplesmente por acreditar que a jornada se faria numa ideal paisagem ornamentada como um sonho cinematográfico. Grande ilusão. Da mesma forma, vejo pessoas que entram no Yoga com o fugaz desejo de recompensa. Talvez por sua adaptação ou suposta conversão a um ‘novo’ modo de pensar. Quando na verdade o yoga propõe uma melhor forma de olhar o modo como pensamos, e não nos fazer negar o que pensamos.

Em nossos cursos de Yoga, num primeiro momento, é notável a frustração de alunos ao entenderem que não se tornarão pessoas exclusivas, especiais e únicas. O acesso ao Yoga não torna ninguém um Yogi como toque mágico. Porém, pelo fato de terem iniciado estudos e práticas mais bem embasadas do Yoga, compreendem que não são melhores do que outras pessoas, seja por se tornarem veganos ou abdicarem de suas tradições de berço.

Depois da frustração de entenderem que um curso de Yoga não os tornará yogis auto-realizados, surge o conforto de entenderem que yoga não é uma crença positivista hindu. Mas, uma ciência do conhecimento, sem as superficiais definições dadas com base no duelo ocidental versus oriental.

O ser humano é muito mais do que nomenclaturas e estereótipos. Quando eliminamos estes, muito provável que despertemos para o real e verdadeiro Everest interior. Para que, rumo a ele, gradualmente passemos a trilhar a única e irrevogável jornada que habita a interna dimensão de nossa existência.

Portanto, não se aferre ao trajeto, às turbulências e desafios que terás pelo caminho. Foque sua consciência no ápice da jornada, no cume do Everest que está em sua consciência. E saiba que para chegar lá, terás que deixar muitas coberturas daquilo que fizeram você crer sobre você, sobre o mundo e também sobre o Yoga.

Se entendeu a mensagem, seja bem vindo à Comunidade Cultura do Yoga e sigamos a jornada.

O clássico na cultura do Yoga

Dentro de um contexto normal, a cultura é estabelecida por princípios definidos em obras clássicas da humanidade.

A definição de clássico se refere a elementos que são únicos e significantes para todo e qualquer Homem, dentro de qualquer contexto ou período histórico.

Uma obra ou tratado clássico, seja de filosofia teórica ou de ficção narrativa, se constituirá como clássico em sua capacidade de expressar elementos universais e atemporais à humanidade.

Serão estes elementos universais que darão base para uma verdadeira Cultura. 
Infelizmente, na cultura atual não existem mais referenciais ditos clássicos.

O mesmo ocorre no universo pasteurizado do yoga.

Na modernidade, o que se veiculou como cultura do yoga deriva de revistas elitizadas, de charlatões com suas metodologias ilusionistas banhadas a fetiches de misticismo barato e exotísmo étnico.

Para a verdadeira cultura do yoga é necessário buscar as bases no conhecimento clássico do yoga.

Obras como Bhagavad-gita, Bhagavat Purana, Vedanta,-sutra e Yoga-sutra podem ser entendidas como os pilares clássicos do yoga. Além disso também devemos nos pautar em obras clássicas do ocidente, seja em tratados filosóficos ou em narrativas e poesia clássica.

O mundo não é uma polaridade imaginaria. A irônica imagem do post não tem nenhuma ligação criteriosa com a verdadeira cultura do yoga.

Daí que a cultura clássica do yoga não é uma suposição hipotética, mas uma discriminação racional e lógica.

Não cultue o yoga como um substituto à sua crise e descrença religiosa. Não é para isto que existe yoga. Conheça melhor esta ciência da cultura do yoga.

O verdadeiro Antídoto

Dentro da atmosfera material sempre houve e sempre haverá condições desfavoráveis.

De acordo com o conhecimento védico, a causa original de todo sofrimento é a ignorância (avidya). Vidya é o conhecimento apropriado sobre os fundamentos da realidade. Sem o devido conhecimento, mais cedo ou mais tarde sofreremos.

Os textos antigos conhecidos como Puranas relatam muitas histórias e fatos que ilustram este tema ao longo de milênios.

Em um famoso poema escrito por Shankaracharya, revela-se que o ser humano deve sair da escuridão (avidya) rumo a luz clarificante e reveladora do conhecimento (vidya). Em outro poema belamente escrito pelo yogi e místico Bhaktivinoda Thakura, chama-se a atenção do ser humano e implora para que ele acorde e saia do colo confortante da ilusão materialista (maya). 

Como longos ciclos planetários ou rápidos instantes do ponteiro de segundos de nossos relógios (ou mesmo painéis atrativos de nossos smartphones), tudo se repete e vez ou outra nos encontramos emersos em avidya.

Mas, tudo pode mudar, ao menos em sua consciência, em sua atitude e em sua atuação no mundo agora.

Sempre encontraremos uma placa de retorno à nossa frente. Só precisamos estar atentos e voltarmos, quando possível, para a fonte de nossa plenitude – que é distinta e oposta à fonte de sofrimento.

Cultive e dissemine conhecimento. Desperte-se e salte do ambiente ilusório materialista.

Conhecimento é o verdadeiro e único antídoto.

O poder da Meditação

A simplicidade compõem a prática da meditação. Despir-se de todas as parafernalhas e instrumentos de dispersão… por alguns minutos: notará a mudança.

O silêncio matiza a atenção de sua mente em meditação. Ocupa-la no que é essencial neste tempo… em alguns instantes ouvirá a mudança.

A auto-entrega fortalece o teu ato na meditação. Entregar-se no íntimo de sua consciência à afeição amorosa ao Supremo… fora do tempo, tocará outra dimensão.

Já medita? Quer aprender ou aprofundar tua prática meditativa? Quer tornar-te alguém que ensine meditação a outras centenas de pessoas?

O primeiro passo é iniciar tua própria prática e manter tua continuidade por dias, semanas, meses e anos. De forma simples, de forma a entregar tudo que vivenciar ao Supremo. A meditação ocorre no imediato, mas a percepção de que ela ocorreu foge no instante que tentar agarrá-la.

Somente quando deixar fluir o rio de tua presença é que estará em meditação e, então, estará pronto para aprender a meditar. Somente depois, o ensino se fará parte do simples ato de meditar… não há distinção.

Inicie em frações de tempo e conquiste pequenos minutos para compor teu dia em meditação. Tua vida como uma composição divina – não menos difícil ou arriscada, mas vivida.

A simplicidade da meditação está imersa em cada gesto e brilho de tua vida. Não fujas.

É na simplicidade que repousa o poder da meditação e delega sua continuidade perene. Não queira o rebuscado e inoperante peso da repetição de uma experiência que já se foi. A simplicidade revela o que sempre se fará novo ao teu ser.

Simplesmente esteja na entrega enquanto medita.

Realização do Ser

Estar plenamente o que é

A grande questão é saber o que realizar. Algo que será intrínseco seu ou algo que tenha sido inserido em seu horizonte de planos a partir de fora, de algo que induziram em suas crenças? Realizar aquilo que faça sentido para você ou para as opiniões de pessoas que você nem conhece perfeitamente? Realizar o que é mais imediato ou o que pode ser desenvolvido ao longo de meses e anos?

Independente do que seja significativo em sua realização, a questão do que realizar repousa em realizar o próprio ser.

Quando pensamos numa autonomia do ser indicamos a liberdade de ser pleno no ato que se realiza a cada instante, sem intenção futura e sem restrições do passado. O ato não pode ser refeito jamais. Deve ser perfeito agora. E não a perfeição idealizada, mas a perfeição de agir por dever – sem qualquer vestígio de aspiração pelo que frutifique desta ação. Ação imotivada, ou inação.

É na inação que o ser se torna pleno em seu ato, capaz de alterar completamente seus próprios condicionamentos que surgiram de ações inconscientes realizadas no passado.

Realização do ser não é um ideal, mas o real do que somos, sem a intenção de cópia ou fingimento. Toda falsidade é desmascarada quando vem à tona a realidade da ação mais profunda de nossa verdade. Isto se chama veracidade. É na veracidade que se faz o processo contínuo que nos levará para realização do ser. 

A partir daqui, todo o exercício será de integrar cada etapa dos sete dias na sua mais simples e profunda verdade – aquilo que não poderá jamais esconder de si mesmo. Por isto, a grande questão a saber é sobre sua própria verdade, aquela que te acompanha desde o passado remoto, mas que poucas vezes você a observou com os olhos e consciência que tens neste momento. Olhe, analise e desenvolva a veracidade em teus atos: nisto estará a realização de teu ser.

Aproveite e ouça o episódio deste artigo em nosso Yoga Casting ou pelo Spotfy, Deezer ou pelo Google Podcast.

Percepção da Eternidade

Percepção da Eternidade

Eternidade é presença no ato. Não é algo simples, também, mas através de um exercício de autoconsciência continuo podemos desenvolver a capacidade de perceber nossa partícula eterna na realidade.

Por este motivo, o ato humano é nobre. Se não considerarmos a importância de agir com consciência estaremos fadados dentro de uma realidade completamente instável e impermanente.

Certamente todo o problema da existência humana se dá por desconhecermos nossa natureza eterna. Disto surge todo o conflito de nossa existência dimensão de tempo finito. O nosso drama é justamente o de sermos individualidades espirituais eternas confinados a uma condição existencial efêmera.

No entanto, quando passamos a agir conscientemente, nossos atos se tornam o poder de nossa presença. 

Poder aqui no sentido de presença espiritual, ou seja, estar presente na ação mais do que no momento.

Isto é ser plenamente presente. Presente com consciência e ato. Pense nisso e coloque em prática este exercício de percepção.

Aproveite e ouça o episódio deste artigo em nosso Yoga Casting ou pelo Spotfy, Deezer ou pelo Google Podcast.